
A
transferência para o Porto é também a grande incógnita do ano. O russo
pretende iniciar um ciclo completamente diferente, seguindo as pisadas
do antigo colega João Moutinho, a quem há dois anos recriminara a opção
de deixar Alvalade para trás em troca de títulos e de reconhecimento
mais adequado ao seu potencial.
Subsiste
nesta surpreendente transferência a incógnita sobre a sua real condição
física, depois de tantos anos e alguns desentendimentos com o
departamento médico do Sporting. Se a transferência significa virar as
costas ao azar, Izmailov voltará a ser Czar, no Porto, agudizando o
desconforto entre os adeptos leoninos relativamente à competência dos
seus dirigentes, médicos e técnicos.
Quatro
anos foram tempo suficiente para o Sporting encontrar uma solução para
Izmailov, apesar das dificuldades de adaptação e do rendimento irregular
dos jogadores russos em Portugal. Izmailov segue as pisadas de Yuran,
Kulkov e Ovchinnikov, que não «sobreviveram» sequer dois anos ao regime
de disciplina e exigência que vigora no Dragão.
Quando
João Moutinho saiu do Sporting invocou a ânsia de conquistar títulos e
de pertencer a uma equipa compatível com o valor individual que julgava
possuir. Dois anos e meio depois, as razões de Izmailov são as mesmas e
alertam o Sporting para um problema de sustentabilidade competitiva.
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